625 mil novos casos de câncer por ano até 2022 são projetados para o Brasil, diz INCA
Câncer de pele deve continuar como o de maior incidência, seguido por mama, próstata e sistema respiratório.
O Brasil deve registrar cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano de 2020 a 2022. A estimativa foi divulgada no (4) de fevereiro pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil mostra que o câncer de pele não melanoma deve permanecer como o mais incidente, com a expectativa de 177 mil novos casos por ano. Em seguida, está o câncer de mama e próstata, com 66 mil casos cada; cólon e reto, com 41 mil casos; traqueia, brônquio e pulmão, com 30 mil; e, estômago, com 21 mil.
De acordo com a publicação, os casos de câncer infanto juvenil esperados para o Brasil para cada ano do triênio, serão 8.460, sendo 4.310 para o sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino. É possível apontar ainda que o risco de câncer infanto juvenil será maior na Região Sul, seguido pelas Regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A inclusão dos números de câncer infanto juvenil por estado é um avanço importante, explica Ana Cristina Pinho, Diretora-Geral do INCA. “Essa evolução pode auxiliar no aprimoramento das ações de saúde pública e controle da doença neste público específico”, destaca Ana. Atualmente, é possível afirmar que, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pelo câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.
Um a cada três casos de câncer poderiam, segundo o Inca, ser evitados pela redução ou eliminação de fatores de risco, como, por exemplo, tabagismo e obesidade. Atividades físicas, cuidados com a exposição ao sol e alimentação saudável com frutas, vegetais e hortaliças frescos, evitando alimentos ultra processados, também podem ajudar a evitar o câncer.
Aumento da estimativa
A estimativa para o próximo triênio aumentou em relação à última projeção, quando 600 mil novos casos eram esperados por ano em 2018 e 2019.
A primeira publicação é feita para o triênio. Antes, a projeção era calculada a cada dois anos. A mudança ocorreu devido à disponibilidade de informações, mais confiáveis.
Fonte: INCA (Instituto Nacional do Câncer)